Para acabar bem 2017

Carlos Henrique Tretel

Em decorrência das eleições que se aproximam, caro leitor, tento colocar em discussão a necessidade de conhecermos os programas de governos robustos (ao menos dos candidatos que defendem nas tribunas a Lei do Plano Nacional de Educação) antes do início do horário eleitoral gratuito, o que considero relevante para o esforço em cursoda esquerda, de que me imagino parte, de se repensar e de repensar o país. Tentativas que, é necessário dizer, não tem sido nada nada fáceis, muito menos produtivas…

Tentei, por exemplo, colocar em discussão o assunto na página do Facebook do PSOL e obtive como resposta que ainda estamos muito longe das eleições. Talvez o PSOL não tenha entendido a proposta do texto, de provocar a discussão sobre a necessidade de se entregar programas de governo robustos à população antes, bem antes do dia das eleições.Se quisermos repetir a dinâmica das últimas eleições (em que os programas de governo robustos foram entregues à população depois do fechamento das urnas) estamos, de fato, muito longe das eleições, como bem afirma o PSOL. Mas se quisermos fazer diferente talvez já tenha até passado da hora delesserem escritos e distribuídos à população…

Tentei alimentar a mesma discussão na página do Facebook da APEOESP sugerindo que o assunto seja debatido durante o evento do próximo dia 15 (da maior importância por sinal, de que participarão nada mais nada menos que 3 ex-ministros da educação) e recebi como resposta o e-mail que a seguir transcrevo, uma vez que meu comentário foi apagado: “Bom dia Carlos, retiramos o seu comentário do Facebook devido ao evento não poder ter colocação política, porém estaremos encaminhando sua sugestão”.

Para não terminarmos 2017, então, muito desanimados com perspectivas sombrias para o ano eleitoral que se aproxima, perspectivas de mais do mesmo, resolvi falar um pouquinho com você, leitor, até para animá-lo também, sobre a atitude  (também decorrente em boa medida, certamente, do esforço da esquerda de se repensar) dos conselhos e fóruns de educação de promoverem a (re)discussão sobre o papel que deles espera a  parte da sociedade inconformada com o golpe, bem sucedido por ora, de se fingir inexistentes em nosso país as leis dos planos nacional, estaduais e municipais  de educação.

Uma atitude que merece toda a nossa atenção e, principalmente, envolvimentoé a da UNCME para descobrir experiências exitosas de Conselhos Municipais de Educação (CME) de maneira a torná-las referência aos demais municípios entregues, grosso modo, ao mandonismo dos prefeitos, ainda que a legislação educacional, bem sabemos,preveja gestão democrática. Na grande maioria das cidades, eisso não é novidade para ninguém, os Conselhos de Educação só funcionam mesmo é para inglês, ou melhor, para o prefeito ver. Do contrário, como explicar o silêncio da grande maioria dos conselhos de educação frente ao golpeem curso, verdadeiro atentado aos Planos de Educação? Como explicar a ausência deles no debate sobre o novo Fundeb na Assembleia Legislativa de Minas Gerais? Só mesmo o fato de não se encontrarem constituídos e/ou se encontrarem amordaçados pelo poder local explica não termos visto caravanas de CME se dirigindo à Belo Horizonte no último dia 04 para protestar, para apoiar, para se envolver enfim. Ao que parece, entretanto, a UNCME já detectou e começou atentar mudar esse absurdo estado de coisas. Vale a pena, pois necessário, acompanhar e se envolver na mudança pelas páginas (como a Undime Bahia)e sob a inspiração da UNCME.

Páginas em que se encontram,ademais,notícias sobre fóruns municipais de educação, outra instância implicada (menos que os CMEs mas, de todo modo, implicada) no monitoramento dos Planos de Educação que se põe a (re)pensar também, ao que parece, o seu papel. Haja vista as etapas municipais e intermunicipais da Conferência Nacional Popular de Educação que acontecem por este Brasil afora sob a (poderíamos assim dizer)  guarda compartilhada de fóruns municipais de educação,onde existentes e atuantes, logicamente. Vale a pena, pois, conferir para bem acompanhar esse movimento de resistência ao golpe também.

Que a hora é de resistência ao golpe.

Que assim seja, pois, 2018.  Com programas de governo robustos. Entregues à população antes do início do horário eleitoral gratuito. Contragolpe. Ética e esteticamente bem formulado.

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