Maternidades plurais: os diferentes relatos, aventuras e oceanos das mães cientistas na pandemia

Alexandra Lima da Silva

Recentemente tomei conhecimento da existência do grupo de trabalho Mães Cientistas da UERJ. Uma querida colega do meu departamento integra o grupo. O fato de eu não ser mãe não me impede de ser sensível às demandas e especificidades das colegas que conciliam maternidade com vida acadêmica. Colocar-se no lugar de escuta destas colegas é parte da construção de uma academia mais justa e menos desigual.

Nesse processo, a amiga Pâmela Passos postou nas redes sociais dela o link do importantíssimo livro Maternidades plurais: os diferentes relatos, aventuras e oceanos das mães cientistas na pandemia. Trata-se de um e-book, com download gratuito, publicado pela Editora Bindi e organizado por Ana Carolina Eiras Coelho Soares, Camilla de Almeida Santos Cidade e Vanessa Clemente Cardoso. A apresentação conta com o texto “Do luto à luta: a luta política das mães” de Marinete da Silva, mãe da vereadora carioca Marielle Franco, brutalmente assassinada em março de 2018. O livro conta também com prefácio de Manuella D’Avila e 134 capítulos, num total de mais de 800 páginas. Textos ricos, potentes, necessários, urgentes. É preciso assegurar que o direito à maternidade e a maternagem seja respeitado em todos os ambientes de trabalho, e a universidade é parte disso.

“Mulheres não precisam optar entre serem mães e terem sonhos profissionais. É possível repensar uma série de fatores que compõe as maternidades e efetivamente colocar em prática novas formas de entender o espaço das universidades que permitam que sejamos e tenhamos uma vida plena em nossas escolhas. Esperamos que, a partir desses relatos, muitos debates e políticas públicas permitam que mais mães consigam permanecer no ambiente científico e acadêmico em condições mais justas, equitativas e democráticas.”

Deixo aqui o convite à leitura desse importante livro. Que a universidade seja, de fato, mais plural e mais justa. E que respeitem os direitos das mulheres, das que desejam ser mães também. Que a universidade não seja o lugar de reprodução das opressões estruturais.


Imagem de destaque: Standsome / Pixabay

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