Ler Paulo Freire fez diferença pra mim, e pra você?

Dilza Pôrto Gonçalves

Era 19 de setembro de 1921 em Recife, Pernambuco quando nasceu o Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire. Era um homem simples e com uma sabedoria imensa que influenciou milhares de pessoas mundo afora desde o sertanejo analfabeto até doutores nas mais diversas áreas do conhecimento. Por mais que Paulo Freire tenha influenciado as teorias pedagógicas foi na vida das pessoas simples que ele realmente fez a diferença, quando estas conseguiram ler e escrever e, assim se sentiram cidadãs. Seus métodos de ensino fizeram e ainda fazem a diferença na Educação. Paulo Freire, já tem seu lugar na história e na vida de quem trabalha com a Educação, principalmente com a Escola Pública e nas periferias desse Brasil imenso e desigual.

Também posso dizer que em quase todos dias da minha vida como professora tenho lembrado de dois conselhos básicos de Freire, “bom senso e respeito”, do livro “Pedagogia da Autonomia”. Cotidianamente digo aos(as) acadêmicos(as) de História, quando estiverem com dúvidas durante suas práticas pedagógicas tenham “bom senso” para tomar as decisões e “respeito” para com seus alunos e alunas, assim como para consigo mesmo. Se uma decisão for baseada em bom senso e respeito, o risco de errarmos fica bem menor.

Desde os tempos que era professora da Educação Básica, “bom senso” e “respeito” orientaram minhas ações, pois nunca admiti que faltasse respeito na aula, e, por isso, poucas vezes não consegui resolver os problemas com indisciplina dentro da própria sala. É claro, que ao longo dos 23 anos de magistério errei e não foram poucas as vezes, mas também tive meus acertos e esses se devem ao modo como me constituí como professora. Na minha formação tive contato com os escritos de Paulo Freire, com suas lições de rigorosidade metódica, muita pesquisa sobre conteúdos e metodologias de aprendizagem, respeito aos saberes dos estudantes, tentando educar pelo exemplo sem deixar nunca de lado a reflexão crítica sobre meu fazer pedagógico e as lutas do magistério público. Paulo Freire sempre reforçou a importância de construirmos a aprendizagem buscando a autonomia dos(as) educandos(as), a tolerância e a ética. A partir das leituras dos livros dele também tive a certeza do meu papel como educadora, consciente da minha autoridade sem ser autoritária e, buscando conduzir meu trabalho com a esperança de estar contribuindo com um mundo melhor e mais democrático.

Hoje posso afirmar que Paulo Freire acompanhou-me durante esses 23 anos magistério tendo trabalhado em escolas públicas das mais diferentes realidades e, agora na educação superior. Ele esteve comigo em seus ensinamentos que influenciaram cotidianamente as minhas práticas pedagógicas, mas também na minha vida fora da escola, seus escritos ajudaram a me constituir como cidadã e, talvez por isso, ainda tenha o respeito e a consideração de muitas pessoas que estudaram comigo ao longo dessa trajetória. Ler Paulo Freire fez diferença pra mim, e pra você?

 

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