A República que temos é a mesma que queremos? – exclusivo

Irlen Antônio Gonçalves

No dia 15 de novembro estaremos comemorando o dia da Proclamação da República. Nesse dia de aniversário, celebra-se o episódio que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil, no ano de 1889, chamado de proclamação, com o fim da monarquia constitucional parlamentarista do Império e ao reinado do imperador Dom Pedro II.

Grosso modo, tal episódio foi uma consequência de descontentamentos de grupos com o regime monárquico, dentre os quais encontram-se os agraristas insatisfeitos com a abolição da escravatura, os profissionais liberais, a Igreja Católica e os militares, dentre outros.

Muitos desafios foram deixados pelo Império à República. E a tarefa a ser enfrentada não fora somente a de substituição de um governo monárquico por um republicano, mas, sobretudo, a de construção de uma nação, e esta, particularmente, republicana. A preocupação central do Império foi com a organização do Estado nos aspectos político, administrativo e jurídico, buscando a garantia da unidade política do país, por meio de um governo preocupado com a manutenção da união das províncias e da ordem social. A formação da nação somente passou a ser pauta dos interesses brasileiros no final do Império, e com o seu fim, ficou para a República essa tarefa de construção de uma identidade de nação para o Brasil. Esse intento de construção da identidade de nação tem nos projetos de educação relevos significativos que não podem ser desconsiderados.

De fato, a íntima relação entre as propostas educativas e de instrução com as propostas de constituição de uma nação civilizada, a necessidade de educar e instruir o povo para a garantia da ordem social e a formação técnica, meio para incorporação do povo à nação, são questões que perpassaram os discursos de intelectuais, políticos e legisladores que estiveram imbuídos do pensar a República pela via da educação. Em Minas, assim como em outras unidades da federação brasileira, não era raro encontrar, no discurso dos dirigentes, a ideia de que a educação era instrumento transformador da sociedade, como nos argumentos do Senador Mello Franco (1892) quando afirmou ser “a instrução pública o fator mais direto e mais poderoso na obra progressiva da civilização”, portanto formadora dos valores republicanos.

Que valores são esses? São os valores garantidores do direito à liberdade, à igualdade, à democracia e à justiça.

No aniversário dos 126 anos de República, algumas indagações são pertinentes: que República se formou na nação brasileira? Como e de que maneira a educação forjou a cidadania brasileira republicana? Os nossos direitos estão sendo garantidos, de fato? Somos mesmo republicanos?

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