A UFMG são muitas!

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Por Luciano Mendes de Faria Filho
Ontem(22/10), na caminhada com meu amigo Tarcisio Mauro de que resultou as fotos postadas no Facebook sobre a Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte,  conversávamos sobre o fato de a UFMG, onde trabalhamos, ter mudado tanto desde o momento em que nela entramos, na década de 1980: como aluno, eu, e ele como professor. Noutros tempos, dizíamos para nos descontrair, certamente já estaríamos em greve!
Mudou a universidade, mudamos nós, mudaram os alunos e os professores e as professoras. A sensação é que hoje somos mais diversos, em todos o sentidos. Será?
Conversamos muito sobre a PEC 241 e seus impactos na educação e na saúde, especialmente nas universidades. Certamente a sua aprovação será um desastre para todos. Mas tenho dúvida se o impacto maior será mesmo na universidade. Acho que não. A escola básica e outras políticas sociais, que não a da educação e da saúde, penso, sofrerão mais.
Mas mesmo a respeito da PEC, sabemos que há muita gente na universidade que a defende publicamente. Uma dessas posições foi veiculada, ontem(22/10), no jornal Hoje em Dia pelo prof. Antônio Alvares da Silva, da Faculdade de Direito. Enfim, são tempos difíceis, e exige a convivência respeitosas com as posições diferentes e divergentes.
Ainda bem que não se exige atestado ideológico para se entrar na universidade! A qualidades de uma universidade pode ser atestada pela qualidade de seus concursos. Malgrado alguns poucos problemas, é isso também que faz a força da UFMG. Que continuemos assim.
O problema é que lá onde o prof. Antônio Alvares da Silva vê “tudo”, eu vejo quase “nada”. Ou, melhor, nada para alguns para preservar o tudo para os de sempre. Escolher entre uma e outra posição é o cerne da Política. Por isso, é necessário continuar fazendo política. O abandono da política favorece os privilegiados de sempre e abre caminho para a barbárie. E o governo e as políticas defendidas pelo nosso colega da Faculdade de Direito são, disso, a antessala.

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