A Educação e a Imprensa – A Educação na Imprensa

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Por Luciano Mendes de Faria Filho

Lendo esse texto da Folha, fico pensando como são fabricadas as notícias e quais as suas intencionalidades. Tenho acompanhado nos últimos 10 anos a cobertura que os “profissionais” a imprensa fazem sobre a educação. Há muito gente bem intencionada, mas a maioria é muito mal informada. Mas, além do  fato de que a cobertura sobre educação, apesar de ser o mais complexo e amplo serviço público, não ser profissionalizada, não quero debitar o problema aos profissionais individualmente. A questão é mais séria e, nisso, concordo com a Eliane Marta, pouco temos feito para ajudar a entender a cobertura da mídia.

Acho que precisamos não apenas de mais pesquisas sobre o tema, mas também de canais que permitam a população o acesso a outras informações. E, mesmo ao leitor ou à leitora, ou ao telespectador ou ouvinte de tv e rádio, é necessário elementos que os(as) ajude a entender o processo de fabricação das notícias.

No caso da educação, boa parte dos que escrevem na mídia sobre o tema, jamais frequentou uma escola pública. Conhecem a escola pública, da qual falam horrores, pelas coisas horrorosas que leram e ouviram dá própria imprensa em que trabalham. O preconceito grassa e o esforço de pesquisa tende a zero.

Como e o que fazer? Penso que se os mais de 22 mil pesquisadores e pesquisadoras inscritos(as) na base Lattes do CNPq, apenas na área de educação, se dispusessem a discutir o assunto no espaço publico, já ajudaria. Um veículo único das sociedades científicas da educação em colaboração com os sindicatos, também ajudaria. A educação dos(as) mais de 40 milhões de alunos e alunas que frequentam as escola públicas para ler e compreender a “fabricação de notícias” também ajudaria.

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