Lançamento de livros

Na próxima quinta-feira, dia 29, o Pensar a Educação, Pensar o Brasil e seus parceiros lançarão livros sobre a pesquisa e a história da educação. Confira os títulos:

Trabalho, renda e diversidade – Debates contemporâneos na universidade
Organizadores: Alexsandra Borges Fernandes, Leide Mara Cota e Vanessa Costa Macêdo
Pensar a Educação, Pensar o Brasil
Editora Mazza
Este livro é fruto dos debates estabelecidos no VII e VIII Seminário Anual do Pensar a Educação Pensar o Brasil, ocasião em que foram discutidos, respectivamente os temas “Educação, Trabalho e Renda” (2013) e “Universidade Pública: inclusão, diversidade e qualidade” (2014). A proposta do livro é alongar o alcance dos debates ali estabelecidos, transformando-os em capítulos de livro e apresentando os diversos pontos de vista, principalmente, no que se refere à questão da qualidade do ensino nas universidades brasileiras, bem como as questões que envolvem e ligam os temas da educação, do trabalho e da renda no Brasil nos dias atuais.

Sem Perder a Raíz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra
Autora: Nilma Lino Gomes
3ª Edição
Editora Autêntica
O cabelo é analisado na obra de Nilma Lino Gomes não apenas como parte integrante do corpo individual e biológico, mas, sobretudo, como corpo social e linguagem, como veículo de expressão e símbolo de resistência cultural. É nessa direção que a autora interpreta as ações e atividades desenvolvidas nos salões étnicos de Belo Horizonte a partir da manipulação do cabelo crespo, baseando-se nos penteados de origem étnica africana, recriados e reinterpretados, como formas de expressão estética e identitária negra. A conscientização sobre as possibilidades positivas do próprio cabelo oferece uma notável contribuição no processo de reabilitação do corpo negro e na reversão das representações pejorativas presentes no imaginário herdado de uma cultura racista.

O Movimento Negro Emancipador: saberes construídos nas lutas por emancipação
Autora: Nilma Lino Gomes
Editora Vozes
A compreensão dos saberes produzidos, articulados e sistematizados pelo Movimento Negro e de Mulheres Negras tem a capacidade de subverter a teoria educacional, construir a pedagogia das ausências e das emergências, repensar a escola, descolonizar os currículos e dar visibilidade às vivências e práticas dos sujeitos. Ela poderá nos levar ao necessário movimento de descolonização do conhecimento. Este trabalho tem como tese principal o papel do Movimento Negro brasileiro como educador, produtor de saberes emancipatórios e um sistematizador de conhecimentos sobre a questão racial no Brasil. Saberes transformados em reivindicações, das quais várias se tornaram políticas de Estado nas primeiras décadas do século XXI.

Escolas de primeiras letras: civilidade, fiscalização e conflito nas Minas Gerais do século XIX
Autora: Fabiana da Silva Viana
Paco Editorial
Este livro trata das relações entre pais de família, professores primários e autoridades locais em Minas Gerais, nas primeiras décadas do século XIX. Já no alvorecer do século XIX, o desejo de civilizar e formar o cidadão trabalhador motivara a elaboração de dispositivos legais voltados à organização e ampliação do serviço de instrução pública. Foi neste contexto que intelectuais e políticos defenderam a educação das crianças e a generalização da instrução pública primária, considerando-as como as medidas mais adequadas à formação da nação brasileira. Em Minas Gerais, o que se observa a partir daí é a intensificação, nos discursos de intelectuais e dirigentes, de uma preocupação com a infância e sua preparação para a vida adulta.

Historiografia da educação: abordagens teóricas e metodológicas
Organizadores: Cynthia Greive Veiga e Marcus Aurelio Taborda de Oliveira
Fino Traço Editora
Os textos aqui reunidos falam dos percursos de pesquisa dos autores no âmbito do grupo ou dos subgrupos de pesquisa do GEPHE. Entre eles, notam-se intersecções de diferente gênero; os capítulos mantêm entre si diálogos tácitos, porque se complementam ou porque se reforçam. Os autores cultivam a originalidade ao modo de novas questões, novos aportes conceituais ou ainda novas fontes. Em todos os capítulos estão claros os seus intentos de olhar em uma direção pouco ou nada antevista, ou focalizar de um ângulo pouco ou nada considerado. Numa chave abrangente, eles me parecem herdeiros de uma ampla e diversificada historiografia cultural interessada nos de baixo, nos excluídos, nos silenciados, nos desqualificados, no sentido social e epistemológico dos termos. Alguns apontam para uma modalidade específica de leitura cuja posição epistemológica adotada conduz a deslocamentos de escala na direção do pequeno, do residual, do detalhe.

História da Educação em Minas Gerais: da Colônia à República
Organizadores: Carlos Henrique de Carvalho e Luciano Mendes de Faria Filho
Editora UFU
A trilogia História Geral da Educação em Minas Gerais: da Colônia à República constitui-se em uma obra de referência não apenas para todos aqueles que ensinam e pesquisam no campo da História da Educação, mas também – por sua robustez, profundidade dos textos e abrangência temática – para todos aqueles que se interessam pela discussão sobre a história, a memória e os rumos da educação em nossa sociedade. O objetivo da trilogia é discutir em que cenário afloraram as múltiplas realidades e tendências e quais são as perspectivas atuais para o campo da Educação em Minas Gerais. Em suma, busca-se a compreensão das aproximações/tensões entre os vários espaços mineiros e de como as questões ligadas aos problemas educacionais foram “acomodadas” no decorrer da promoção da educação no interior da sociedade, além da tentativa de explicitação dos interesses políticos, culturais, ideológicos e antropológicos que permearam a luta pela constituição do sistema de ensino no estado.

Os lançamentos serão no saguão da Faculdade de Educação da UFMG. Após o lançamento, às 19h, a professora Nilma Lino Gomes, ex-ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, realizará a conferência Movimento Negro, resistência democrática e educação, no Auditório Neidson Rodrigues da Faculdade de Educação.

 

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