Nova edição do Pensar a Educação em Revista está no ar

A nova edição do Pensar a Educação em Revista traz uma revisão bibliográfica de um tema bastante atual e extremamente presente em nosso cotidiano “Internet, Cultura Escrita e Educação”, produzida pelo professor Robson Fonseca, doutor em educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Federal de Rondônia, UNIR.

Em seu artigo, o autor convida o leitor a mergulhar nas potencialidades que o diálogo entre educação e tecnologias propicia, indicando uma série de textos voltados para a temática, produzidos a partir de diferentes matrizes teóricas. Ancorado em autores como Chartier e Bakhtin, ele propõe um mergulho pelo oceano da web nos provocando uma reflexão sobre as práticas de escrita sob um novo olhar e destaca as tensões e os múltiplos sentidos que permeiam as produções escritas também nas redes virtuais. Muitos são os desafios da pesquisa a respeito do universo virtual, pois segundo o próprio autor, “as escritas do espaço da web estão à disposição dos navegadores, tripulantes de uma produção histórica do tempo presente, para serem decifradas, analisadas, problematizadas, do mesmo modo que outras fontes”.

O caráter efêmero e imperativo da conexão é um deles. Portanto, se a efemeridade habita os suportes virtuais, a provisoriedade também, pois no futuro, outras linguagens possivelmente estarão franqueadas à visita dos pesquisadores das Ciências Humanas. Os suportes de cada tempo e os modos como são constituídos e mobilizados têm muito a nos dizer sobre as culturas e as formas das sociedades se organizarem para veicular seu saberes, suas concepções de mundo, suas resistências, suas particularidades.

Pensar as culturas do escrito em seus diferentes suportes, dentre eles a Internet, nos dias de hoje se coloca quase como um imperativo, uma vez que este tem se revelado um canal de comunicação absolutamente democrático. Se, por um lado isso nos permite questionar algumas vezes sobre a qualidade e o valor do que circula, por outro lado, isso não diminui em nada a potência que tem de dar voz a todas as pessoas que mobilizam minimamente essa ferramenta. A escrita ali veiculada, supostamente mais livre, abre espaço para muitas interrogações não apenas sobre o conteúdo posto em circulação, mas também sobre os comportamentos que vão tomando forma nesse espaço. Nessa dimensão, vemos a instituição de uma cultura escrita mais aberta, mais fluida, mais autoral, mais livre e um movimento de mobilização dessa cultura mais intensificado, indicativo e revelador de modos de afirmação social, de sensibilidades, de sociabilidades, de novos códigos linguísticos e sociais, mas em larga medida, dos muitos modos que os sujeitos encontram de ser e estar em diálogo com o mundo.

Vale a pena conferir! Deixamos o convite a todos para que visitem a nossa página e aproveitem o conteúdo disponível para pesquisa. Boas leituras!

Evelyn de Almeida Orlando
Alexandra Lima da Silva

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