As regras da CAPES e o Desmonte das Humanidades

Por Luciano Mendes de Faria Filho

Conforme adiantado neste espaço semana passada, as novas regras de financiamento dos programas de pós graduação em educação adotadas pela CAPES ferem de morte os principais programas de pós-graduação em educação. Nessa área, os programas, ao contrário de outras  em que a pós graduação se vincula a um departamento específico, os programas envolvem vários departamentos das Faculdades e Centros de Educação.

Conforme estudos que se encontram no site da ANPEd, na área de educação, entre os programas com nota 6 e 7,  apenas 11% deles não sofrerão drasticamente com a nova metodologia de cálculo dos valores a serem repassados pela CAPES. Nos demais programas, com notas 3, 4 e 5, o desastre também não será menor.

E quem acha que apenas a área de educação está em questão, basta ver uma cifra que se encontra entre os dados: “A definição de prioridades entre as áreas para distribuição de recursos significou uma diminuição da participação dos recursos da área de ciências humanas de 15% do total em 2015, para 5% do total de 2016.”

Ou seja, o que está em questão é a própria sobrevivência dos programas das humanidades. Será essa uma política dirigida da CAPES ou apenas mais um dos efeitos perversos das decisões  tomadas pelos nossos colegas que a dirigem?:

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