Ainda sobre as(os) professoras(es)!

Editorial do Jornal Pensar a Educação em Pauta, nº 267

Ao longo dos últimos dias, milhares foram as manifestações de anônimos ou famosos acerca da importância da professora ou do professor em suas vidas. Fora os delinquentes apoiadores ferrenhos do Bolsonaro, há praticamente uma unanimidade sobre a importância destes profissionais para a sociedade brasileira. E, mais, há uma consciência aguda, disseminada socialmente, de que as professoras e os professores, sobretudo as(os) que trabalham na educação básica são pouco valorizadas(os) em nosso país.

Pesquisas de abrangência internacional mostram que essa consciência da desvalorização é muito mais do que uma mera sensação da população ou reclamação corporativa das(os)  profissionais da educação: elas mostram que os salários e as condições de trabalho das(os) docentes brasileiras(os) da educação básica estão entre os piores do mundo!

No entanto, até bem pouco tempo, de um modo geral, quando os órgãos oficiais e, em boa parte, as fundações e movimentos empresariais que trabalham na área da educação, falam sobre as professoras e os professores e de sua importância para que tenhamos uma escola de melhor qualidade, tendem a ressaltar, quase exclusivamente, a questão da formação destas(es) profissionais. Segundo essas posições, seria a formação, muito mais do que a carreira, os salários e as condições de trabalho, a pedra de toque da qualidade da educação.

Nestes últimos anos, com o advento dos movimentos conservadores e, às vezes, milicianos na política e na educação, a situação das(os) professores apenas piorou. Os ataques do governo Bolsonaro e seus aliados no Congresso Nacional e nos diversos Estados da Federação, às professoras e aos professores têm sido sistemáticos.  Tais ataques são reforçados e, às vezes, sustentados pelos grupos conservadores obscurantistas disseminados nos meios empresariais e religiosos, assim como em alguns movimentos apoiados por estes grupos.

Felizmente, as professoras e os professores da educação básica pública, e, cada vez mais, as(os) suas(seus) colegas do ensino superior, apesar de atacados pelos governos e desvalorizados socialmente, continuam sustentando os seus ofícios e atuando em defesa de uma educação pública de qualidade para todas(os). Apesar da crise, apesar dos ataques, apesar da desvalorização… as escolas públicas são abertas todos os dias e acolhem, e protegem, milhões de crianças e jovens oriundas(os) das camadas mais pobres da sociedade.

A escola pública é a mais disseminada instituição pública no território nacional e suas(seus) profissionais aquelas(es) que mantêm uma relação mais próxima com  a população mais pobre do país. Não é por acaso, portanto, que o governo Bolsonaro e todos os seus aliados têm a escola e as(os) professoras(es) como os seus principais inimigos. Destruir a escola pública e fazer calar as(os) professoras(es) é um atentado contra a democracia e contra as possibilidades de termos um país mais justo e igualitário!


Imagem de destaque: Hedeson Alves/ ANPr

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Ainda sobre as(os) professoras(es)!

Ao longo dos últimos dias, milhares foram as manifestações de anônimos ou famosos acerca da importância da professora ou do professor em suas vidas. Fora os delinquentes apoiadores ferrenhos do Bolsonaro, há praticamente uma unanimidade sobre a importância destes profissionais para a sociedade brasileira. E, mais, há uma consciência aguda, disseminada socialmente, de que as professoras e os professores, sobretudo as(os) que trabalham na educação básica são pouco valorizadas(os) em nosso país.

Pesquisas de abrangência internacional mostram que essa consciência da desvalorização é muito mais do que uma mera sensação da população ou reclamação corporativa das(os)  profissionais da educação: elas mostram que os salários e as condições de trabalho das(os) docentes brasileiras(os) da educação básica estão entre os piores do mundo!

No entanto, até bem pouco tempo, de um modo geral, quando os órgãos oficiais e, em boa parte, as fundações e movimentos empresariais que trabalham na área da educação, falam sobre as professoras e os professores e de sua importância para que tenhamos uma escola de melhor qualidade, tendem a ressaltar, quase exclusivamente, a questão da formação destas(es) profissionais. Segundo essas posições, seria a formação, muito mais do que a carreira, os salários e as condições de trabalho, a pedra de toque da qualidade da educação.

Nestes últimos anos, com o advento dos movimentos conservadores e, às vezes, milicianos na política e na educação, a situação das(os) professores apenas piorou. Os ataques do governo Bolsonaro e seus aliados no Congresso Nacional e nos diversos Estados da Federação, às professoras e aos professores têm sido sistemáticos.  Tais ataques são reforçados e, às vezes, sustentados pelos grupos conservadores obscurantistas disseminados nos meios empresariais e religiosos, assim como em alguns movimentos apoiados por estes grupos.

Felizmente, as professoras e os professores da educação básica pública, e, cada vez mais, as(os) suas(seus) colegas do ensino superior, apesar de atacados pelos governos e desvalorizados socialmente, continuam sustentando os seus ofícios e atuando em defesa de uma educação pública de qualidade para todas(os). Apesar da crise, apesar dos ataques, apesar da desvalorização… as escolas públicas são abertas todos os dias e acolhem, e protegem, milhões de crianças e jovens oriundas(os) das camadas mais pobres da sociedade.

A escola pública é a mais disseminada instituição pública no território nacional e suas(seus) profissionais aquelas(es) que mantêm uma relação mais próxima com  a população mais pobre do país. Não é por acaso, portanto, que o governo Bolsonaro e todos os seus aliados têm a escola e as(os) professoras(es) como os seus principais inimigos. Destruir a escola pública e fazer calar as(os) professoras(es) é um atentado contra a democracia e contra as possibilidades de termos um país mais justo e igualitário!


Imagem de destaque: Hedeson Alves/ ANPr

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