A alma de um poeta

Miriã Melo Quintão

Agarrei-me às palavras e fiz destas o meu lar.
Chamaram-me de doido, maluco e louco;
Louco são as letras emaranhadas numa folha de papel,
capazes de perfurar o mais tétrico de todos os corações.

Enquanto o mundo se afoga no caos,
eu nado na balbúrdia dos poemas, das poesias, dos romances.
Nasce entre as linhas deste poema,
a ambição pelo que chamamos de significados.

Um peregrino que migra de uma vida para outra sem perder a manha da própria vitalidade.
Um ator que interpreta Policarpo, Rita e Capitu sem perder a autenticidade.

A confusão no âmago de um sonhador,
é um belo desastre na mente de um escritor.
Poucos entendem meus intrínsecos e utópicos pensamentos.
De fato, alguns enxergam palavras, outros lêem sentimentos.

Este texto é parte de um conjunto de produções de estudantes adolescentes matriculados no Ensino Médio de escolas públicas. Esta é uma proposta de compartilhamento sobre o que se tem feito para dizer de si e dizer do mundo entre as paredes virtuais do ensino remoto.


Imagem de destaque: Pixabay                           

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